sábado, 21 de fevereiro de 2015

Por onde começar?


Por onde começar? Sempre um percurso intrigante falar sobre nós mesmos. Por etapas, vou aos números. 1996. Esse foi meu ano de entrada, na nossa casa, Terra. Sem muita euforia, uma criança curiosa e atenta a tudo. Observação talvez seja uma das minhas maiores características, o olhar perdido no nada, quando na verdade o nada é tudo.

Ponteiros correndo, e em relação a infância posso dizer com toda certeza: extremamente aproveitada. Horas, muitas horas na rua brincando. Imaginação sempre energizada, fluxo de ideias e brincadeiras. Passei por essa fase com vontade de ficar. Eternizar a intensidade de tais momentos bem vividos. Chega-se a metamorfose, você começa a deixar os brinquedos, mas ainda os tem em vista em algum canto. E no meio dessas mudanças, vieram os escritos em vários papéis, a primeira câmera... e tantas outras projeções do que hoje fazem parte do que sou. Os escritos: meu gosto pela leitura, palavras e significados, pelas formas de linguagem. A câmera: explorar as cores e ângulos, expandir o olhar, ver o simples de um jeito diferente.  Quando você começa a virar "gente grande" tudo se reflete, tudo se descobre.

Arte, criação, o social, a expressão, o exposto e o que tem por trás, as linhas e entrelinhas, o ser e O Criador. Aqui, uma lista dos meus interesses, uma jornada de buscas e descobertas pela vida. Escrever sobre você mesmo, é como dito em algum lugar: limitante. Nosso eu tanto interno como externo, vai além de palavras. Palavras podem ser cheias ou vazias, gerar interpretações equivocadas ou acertos concretos. Então sobre mim, registro a síntese da síntese, afinal é durante a caminhada que você se conhece.